Nem polonesa, nem judia Anna Wolny

Graças ? sua perspetiva temática e metodológica inconvencional, como ? argumentaç?o e ?s conclus?es baseadas na exploraç?o de várias fontes e contextos, o livro de Anna Wolny constitui um valioso contributo tanto para os estudos da literatura e cultura brasileira na Polónia, como para os estudos feministas. Introduz assim um novo e mais vasto olhar para os estudos da emigraç?o, plurietnicidade, e principalmente os mecanismos de discriminaç?o e estereótipo em relaç?o ?s categorias de sexo e raça, particularmente dentro do espaço cultural específico que pesquisa.

Da resenha do Prof. Henryk Siewierski, Universidade de Brasília

A polaca é uma criatura que representa n?o só as misérias do imigrante, como as da mulher, duplamente subjugada por poderes discursivos e sociais que a constituem. E, tal como a mulata, que conjuga em si vários elementos discursivos, perturbando a ordem social a polaca é a própria síntese do elemento feminino em transgress?o. O elemento que, ao tentar afirmar-se como tal, corre o perigo

de se deixar enclausurar num estereótipo opressivo e negativo.

Trecho do livro

Anna Wolny é professora do Departamento de Portugu?s e Estudos de Traduç?o da Universidade Jaguelónica de Cracóvia (Polónia), tendo colaborado também com a Universidade de Varsóvia. Os seus interesses científicos abrangem o campo das literaturas em portugu?s, com um enfoque especial para a temática identitária dentro dos estudos culturais. Este livro baseia-se na sua tese de doutoramento, defendida em 2016